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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Apresentação do Livro: A Instituição Negada de Franco Baságlia

“Nosso trabalho se dividiu em três momentos apresentados abaixo.”

Franco Baságlia, foi o grande promissor da Reforma Psiquiátrica, na Itália. Nos anos 60 dirigiu o Hospital de Gorizia, onde realizou muitas mudanças na instituição.
Até então, os internos eram presos em grandes salas e ninguém podia sair, nem mesmo para ir ao banheiro, com a superlotação dormiam dois usuários por cama e quando estavam agitados, eram submetidos a cenas de tortura, onde jogavam um lençol molhado em sua cabeça, para que não pudesse respirar e depois torcia com força em torno de seu pescoço, para que perdesse imediatamente os sentidos. Os internos eram diariamente submetidos a cenas violentas, quase nunca saiam e quando isso acontecia, ficavam acorrentados em árvores e banquetas o dia inteiro. Os usuários sentiam revolta, mas não podiam reclamar, pois tinham medo de serem castigados, ficando presos em jaulas e amarrados com cintos de couro na cama.

Primeiro momento: Representação da entrevista baseada em relatos extraídos do próprio livro realizada pelas alunas Maria Larissa e Ana Maria

Mas, com a chegada de Baságlia tudo mudou, o novo sistema via o doente mental, como um doente e era trato como tal. Os remédios passaram a substituir as camisas de força, os usuários tinham total liberdade para sair quando quisesse, passaram a trabalhar na instituição, tinham aula de canto, dançavam, iam ao cinema aos sábados e baile aos domingos. Aquelas cenas de violências, já não existiam mais. Agora no Hospital de Gorizia só há alegria. 

Segundo momento: Video Mudar dói, não mudar dói muito.

Após a Reforma Psiquiátrica, os usuários ganharam sua liberdade, conquistaram o direito de ser feliz, de ser tratados como gente. E trabalhando no hospital, mostraram a população que são pessoas capazes e que podem levar uma vida normal, mostraram que não são loucos como a população se referem a eles, mas que são pessoas doentes e que devem ser tratadas, pois como diz Gilbert Chesterton, “louco não é o homem que perdeu a razão, louco é o homem que perdeu tudo menos a razão”.


Terceiro momento: a apresentação de uma peça teatral realizada pelos alunos: Pâmela, Elizandra, Antonia, Mariana, Paulo, Emanuela, Geane e Kaline.

Texto: Maria Larissa
Fotos e Pesquisa: Maria Daiany

5 comentários:

  1. Essa roda de leitura está sendo muito gratificante para nossa sala, pois estamos "LENDO" os livros de forma diferente e que realmente está dando para entender o conteúdo dos mesmo. Parabéns pelo trabalho de você, foi muito marcante.

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  2. Muito bom o trabalho,adorei o post do nosso trabalho de saúde mental no blog.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. A apresentação foi excelente!

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