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quarta-feira, 28 de maio de 2014

(In)tolerância social

Lakhan Kale amarrado ao poste
20 de Maio de 2014, Lakhan Kale foi encontrado amarrado a um poste em um ponto de ônibus de Mumbai na Índia pela avó. Lakhan tem 9 anos e possui paralisia cerebral e epilepsia, não enxerga e nem escuta. A avó do menino Sakhubai Kale de 66 anos alega que prendia-o no poste para mantê-lo seguro. Já que ela trabalha como vendedora de flores e guirlandas e não pode dar muita atenção ao neto.
Segundo informações, após a notícia espalhar-se pela mídia, a guarda do menino foi retirada da avó.
Na idade média os doentes eram vistos como possessos, um castigo divino para a família da qual ele pertencia, e por isso, eram amarrados, escondidos da sociedade. Sempre compreendidos como abjetos. Geralmente morriam cedo pela falta de cuidados. 
Lakhan Kale e a avó
Ao remeter a idade média pode-se observar que pouquíssimos costumes mudaram,  nesse caso específico a diferença é que o menino sofreu agressão na rua, e não em casa, escondido de tudo e de todos.
Infelizmente casos como esse são realidade no mundo inteiro. Agressão física, psíquica, moral.
O movimento em prol da saúde mental tem tido grande repercussão, protestos, passeatas, novos serviços, novos programas, melhoria na capacitação dos profissionais da área da saúde. Porém como pode-se perceber, não tem sido suficiente. A população continua crendo na violência como solução e as autoridades continuam a fazer vista grossa para o problema.

Afinal, até quando o homem será tolerante perante a crença da violência como remédio? 

Texto: Caroline Veras
Fonte de pesquisa: http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/imagens-do-dia/2014/05/26/menino-de-nove-anos-passa-horas-acorrentado-a-ponto-de-onibus-na-india.htm?fotoNav=1#fotoNav=1

2 comentários:

  1. Infelizmente, os casos de abuso e maltrato em relação a pessoas em sofrimento mental, não é tão distante da nossa realidade. Já ouvimos, vários relatos em sala de aula de pessoas em sofrimento mental que atualmente são presas em jaulas pela família. Mas, cabe a nos denunciarmos e lutarmos pela igualdade.

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  2. Cabe não só a nós, mas, a sociedade se conscientizar que pessoa com sofrimento metal,é gente como a gente, e que precisam de cuidados e atenção como qualquer outra pessoa.

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