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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Avanço Na Saúde Mental



Em maio de 1987, os participantes do Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, realizado em Bauru, no estado de São Paulo, promoveram uma passeata. Era a primeira manifestação pública em defesa da extinção dos hospitais psiquiátricos.
O dia 18 foi escolhido como o marco deste movimento, que culminou com a criação do Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A data simboliza especialmente a reafirmação do direito do paciente a um tratamento público digno e integral, por meio da substituição dos hospitais psiquiátricos por serviços que ofereçam aos usuários autonomia, identidade e liberdade de expressão.
Os avanços obtidos ao longo dos anos na luta antimanicomial tem levado a sociedade para uma mudança real e abrangente no tratamento dos pacientes com transtorno mental. “Os pontos de atenção à saúde proporcionam ao paciente livre acesso a um tratamento humanizado, sem exclusão social, o que é essencial para obter resultados “positivos”.
Conforme aprendemos em sala de aula na disciplina de Saúde mental, em diferentes momentos da história o usuário em sofrimento mental foi visto de diversas formas, aos olhos da sociedade ele nunca foi visto como igual ou normal, sempre foi encarado como um ser diferente, isso porque ele não segue os parâmetros, e estes devem ser aceitos e cumpridos por todos, e quem não se enquadra nessa norma são excluídos do convívio com a sociedade. Entendemos que o indivíduo em sofrimento precisa de tratamento, desde que o mesmo seja visto, respeitado como os demais cidadãos tidos como “normais”.
Em meio as leituras em relação ao sofrimento mental, indago quem não possui diferenças? Entendo que todos nós somos diferentes e ao mesmo tempo somos todos iguais. Desde a primeira manifestação pública em prol aos que estão em sofrimento mental, se vão vinte e sete anos, é bem verdade que avançamos, conquistamos, se trata de um processo lento, mas cada vez mais precisamos sair das quatro paredes e defender uma causa que é nossa, para galgarmos patamares que até hoje só se encontra em papéis.
Nesses dias observando, fazendo leituras em relação ao movimento antimanicomial 2014, até mesmo ao observar as grandes cidades do nosso país, trata-se de uma manifestação muito inferior em relação a qualquer outra manifestação realizada, e isso não podemos esperar a atitude dos nossos políticos, mas que a nossa atitude quanto profissionais, estudantes da área, chegue até aos políticos, se é isso que amamos, que defendemos.

Texto e pesquisa: Antonia Leite.
Foto Retirada do Blog: antimanicomialsp.wordpress.com

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